O CMN (Conselho Monetário Nacional) deve manter na 4ª feira (26.jun.2024) a meta de inflação em 3% de forma contínua. Também deve ser divulgado um decreto com a regulamentação do novo método de metas para a inflação.
O tema foi debatido nesta 3ª feira (25.jun) em uma reunião no Palácio do Planalto, em Brasília, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o diretor de Política Econômica do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo –indicado pelo petista e cotado para assumir a presidência da autoridade monetária depois da saída de Roberto Campos Neto.
Em maio, Haddad disse que a meta de inflação de 3% é “exigentíssima” e “inimaginável”.
O CMN definiu em junho de 2023 a mudança no regime de meta para um sistema contínuo a partir de 2025. No ano que vem, a meta é de 3%, com tolerância de até 4,5%.
A possível manutenção da meta de inflação vem em um momento em que há desconfiança do mercado financeiro com a equipe econômica de Lula. A suspeição se dá especialmente por 2 motivos:
- cobrança em medidas de cortes de gastos para o equilíbrio das contas públicas;
- preocupação sobre a possível indicação de um nome mais tolerante com a alta nos preços e com o afrouxamento da política monetária para assumir o comando do Banco Central em 2025.
Segundo Haddad, houve uma “maquiagem” em 2022 para reduzir a inflação. Disse que a redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviço) sobre os combustíveis elevaria a inflação oficial de 5,79% para 8,23% ou 8,25%.
SOBRE O CMN
O colegiado é o órgão superior do Sistema Financeiro Nacional, sendo responsável pela formulação da política da moeda e do crédito. Tem como missão trabalhar pela estabilidade da moeda e pelo desenvolvimento econômico e social do país.
O CMN é formado por 3 integrantes. Cada um deles tem 1 voto. É presidido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Também é composto por:
- presidente do Banco Central – Roberto Campos Neto;
- ministra do Planejamento e Orçamento – Simone Tebet.