Brasil teve 37 ônibus queimados no 1º semestre de 2024

O Brasil teve 37 ônibus queimados no 1º semestre de 2024. Houve uma queda em relação ao ano anterior, quando 46 veículos foram destruídos no mesmo período. Entretanto, houve um aumento em relação aos 29 ônibus incendiados nos primeiros 6 meses de 2022. 

As informações são de um levantamento da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos) enviado com exclusividade ao Poder360. Eis a íntegra (PDF – 1 MB).

Leia abaixo como se deu a evolução dos veículos destruídos no 1º semestre de cada ano:

A associação considerou ônibus coletivos de transporte público municipal e metropolitano para o levantamento –aqueles utilizados no cotidiano pela população.

Apesar do nome, eles costumam ser operados por empresas privadas que têm a concessão do serviço. Veículos usados para turismo e para viagens interestaduais não entram na conta.

Em 2023, o Brasil teve um total de 105 ônibus incendiados. Foi o maior registro em 4 anos. Leia abaixo como se deu a evolução das ocorrências: 

O pico de registros de ônibus queimados se deu em 2014, quando manifestantes depredaram os transportes públicos em protestos ao governo de Dilma Rousseff (PT). Totalizaram 657 casos.

As ocorrências de 2020 e 2021 naturalmente são mais baixas. A circulação dos veículos foi limitada por causa do isolamento social provocado pela pandemia. Desde o início da série histórica, em 2004, o Brasil teve 2.825 ônibus incendiados. 

NOS ESTADOS

Os incêndios a ônibus foram registrados em 8 unidades da Federação em 2024. São Paulo concentra 12 deles e lidera o ranking. Os outros são Rio de Janeiro (10), Minas Gerais (4) e Bahia (4).

CRIME, SEGURANÇA E ELEIÇÕES

Como o Poder360 mostrou nesta reportagem, a destruição dos ônibus com incêndios é uma questão relacionada à segurança pública do país. Muitos dos casos são ligados a atos do crime organizado.

Ainda há os impactos políticos dos dados. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisa conquistar a confiança da população em relação a suas políticas para segurança, vistas como brandas e coniventes pela oposição. 

Um aumento no número de ônibus queimados pode pesar negativamente para a gestão petista.

Os candidatos nas eleições municipais –especialmente os que tentam reeleição– terão que se atentar cada vez mais a questões de segurança pública envolvendo suas cidades. Partidos de esquerda, que costumam ter mais força no Nordeste, podem perder prefeituras a depender da situação dos municípios da região.

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