O senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou nesta 6ª feira (12.jul.2024) que levará o caso da “Abin paralela” à Justiça brasileira e a cortes internacionais. Ele é um dos que constam na lista de espionados pelo órgão.
“Vou entrar na Justiça, até em cortes internacionais, como assistente da acusação no escândalo Abin. A grampolândia na cúpula da CPI mostra que a investigação pode ter sido embaraçada na ação marginal de órgãos de Estado. Fatos novos para PGR reabrir partes engavetadas por Aras”, afirmou o senador em seu perfil no X (ex-Twitter).
Um relatório da PF (Polícia Federal), divulgado na 5ª feira (11.jul), mostra que a “Abin paralela”, grupo suspeito de usar estrutura da agência para espionar adversários políticos, monitorou ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), o então deputado federal Arthur Lira (PP-AL) e jornalistas.
A PF deflagrou a 4ª fase da operação Última Milha. O ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do caso, determinou a prisão de 5 e autorizou a busca e apreensão contra outros 7. Ele retirou o sigilo da ação policial.
O senador Renan Calheiros já havia comparado a “Abin paralela” à Gestapo, polícia secreta alemã que monitorava adversários do nazismo: “Lamento e repudio que estruturas do Estado tenham sido criminosamente capturadas para atuar como polícias políticas, com métodos da Gestapo, um pântano repugnante e sem fim”.