Foragidos ainda devem estar em Mossoró, diz Lewandowski

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, declarou que os 2 foragidos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) podem ainda estar na região. O ministrou deu a declaração em entrevista a jornalistas nesta 5ª feira (15.fev.2024).

Segundo Lewandowski, não foi identificado pelas câmeras da região qualquer veículo que tenha ajudado os detentos na fuga. Também não há relatos de furto na região.

“Não temos nenhuma notícia de furto ou roubo de veículos na região, portanto significa que esses fugitivos devem ainda se encontrar na região”, disse.

O ministro confirmou ainda que os presos invadiram uma casa na zona rural de Mossoró para furtar roupas e alimentos.

“Temos notícias que uma casa rural foi invadida onde houve furto de roupas e de comidas e certamente isso pode estar relacionado a esses 2 fugitivos que estão tentando sobreviver nessa área onde se encontram”, afirmou.

Assista à fala do ministro: 

Na 4ª feira (14.fev.2024), a unidade prisional notificou a fuga de 2 presos identificados como Rogério da Silva Mendonça (o Tatu) e Deibson Cabral Nascimento (o Deisinho). Eles fazem parte da facção criminosa “Comando Vermelho”.

O presídio é um dos 5 de segurança máxima do Brasil foi a 1ª ocorrência do tipo em uma penitenciária federal na história do país.

A fuga se deu aproximadamente às 03h de 4ª feira (14.fev) e a ausência dos detentos foi notificada cerca de duas horas depois, durante a 1ª contagem realizada pela unidade prisional.

O ministro informou que a fuga foi realizada pelo teto da cela, onde os detentos retiraram uma estrutura metálica e os cabos de energia. A partir disso, os presos seguiram para o pátio e usaram uma ferramenta que estava em um canteiro de obras para cortar a cerca do presídio.

Segundo Lewandowski, a fuga se deu por uma “série de coincidências negativas” e não diz respeito à segurança dos demais presídios federais.

“Considero que a fuga dos 2 detentos é algo que não pode ser minimizado, mas é uma fuga que se deu em razão de uma série de coincidências negativas”, declarou.

Mais cedo, o secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia, reconheceu que uma “falha” nos protocolos de segurança da unidade possibilitou a fuga dos detentos.

Segundo ele, todos os protocolos de segurança estão sendo revisados. O secretário também afirma que qualquer agente da unidade prisional que tenha facilitado a fuga será identificado e punido.

“Estamos revisando todos os protocolos das unidades prisionais. Não há chances de um evento desse acontecer com o cumprimento de todos esses protocolos. Essa constatação eu posso afirmar, não há chances de fuga quando os protocolos são rigorosamente seguidos”, declarou.

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