Universidade de Yale pede desculpas por envolvimento na escravidão

A Universidade Yale divulgou na 6ª feira (16.fev.2024) um pedido de desculpas por seu envolvimento na escravidão nos Estados Unidos. Em comunicado, a instituição de ensino norte-americana afirmou reconhecer o papel histórico que teve na questão. Eis a íntegra (PDF – 148 kB, em inglês).

“Pedimos desculpas pelas formas como os líderes de Yale, ao longo do curso de nossa história inicial, participaram da escravidão. Reconhecer e pedir desculpas por esta história é apenas parte do caminho a seguir”, disse o presidente da universidade, Peter Salovey.

A retratação foi feita depois que a instituição realizou um estudo para compreender as ligações que teve com o comércio de pessoas escravizadas. O chamado Projeto de Pesquisa de Yale e Escravidão conduziu investigações sobre o assunto desde outubro de 2020.

“Embora não haja registros conhecidos de pessoas escravizadas na Universidade de Yale, muitos dos fundadores puritanos de Yale possuíam pessoas escravizadas, assim como um número significativo dos primeiros líderes de Yale e outros integrantes proeminentes da comunidade universitária. O projeto de pesquisa identificou mais de 200 dessas pessoas escravizadas”, disse Salovey.

Outra descoberta apresentada é que parte das pessoas escravizadas participaram da construção do Connecticut Hall, o prédio mais antigo do campus da universidade.

Também foi revelado que integrantes da comunidade de Yale se uniram a líderes e cidadãos de New Haven, cidade no Estado de Connecticut onde fica a Universidade de Yale, para impedir uma proposta de construção de uma faculdade na região para jovens negros em 1831. A instituição de ensino teria sido a 1ª universidade negra dos Estados Unidos.

As conclusões do estudo foram publicadas no livro acadêmico “Yale and Slavery: A History” (“Yale e a escravidão: uma história”, em tradução livre). Eis a íntegra (PDF – 6 MB, em inglês).

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