O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou neste domingo (18.fev.2024) a ação de Israel na Faixa de Gaza com o extermínio de judeus realizado por Adolf Hitler na Alemanha nazista. O chefe do Executivo voltou a dizer que os palestinos estão sendo alvo de um “genocídio” e disse que o Brasil vai defender na ONU (Organização das Nações Unidas) a criação de um Estado palestino.
“É importante lembrar que, em 2010, o Brasil foi o 1º país a reconhecer o Estado palestino. É preciso parar de ser pequeno quando a gente tem de ser grande. O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, declarou Lula a jornalistas em Adis Abeba, na Etiópia.
Lula voltou a criticar os países que interromperam as doações para a UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência e Trabalho para Refugiados da Palestina no Oriente Próximo, na sigla em inglês).
Em janeiro, mais de 10 nações, entre elas os Estados Unidos e a França, interromperam o envio de dinheiro depois que funcionários da organização foram acusados por Israel de ajudar o Hamas a atacar o país em 7 de outubro de 2023.
O presidente questionou se a morte de tantos palestinos é “pouco para mexer com o senso humanitário dos dirigentes políticos”. Lula disse: “Ou os dirigentes políticos mudam o seu comportamento com relação ao ser humano, ou o ser humano vai terminar mudando a classe política”.
O presidente disse questionar “o tamanho do coração solidário” e da “consciência política dessa gente” que não vê “que na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio”.
Ao criticar o Conselho de Segurança da ONU, Lula disse que o mundo atravessa um momento de “falta de instância de deliberação” e afirmou que o Brasil segue “solidário com o povo palestino”.