O Cerrado perdeu 50.856 hectares de vegetação nativa com desmatamento em janeiro de 2024. A marca representa uma redução de 48% em comparação com dezembro de 2023 (98.108 hectares). A cifra é também a menor registrada nos últimos 11 meses.
Os dados são do SAD Cerrado (Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado) do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) divulgados nesta 5ª feira (29.fev.2024).
No entanto, quando comparado com o mesmo período do ano passado, o perímetro desmatado é 10% maior. Em janeiro de 2023, foram devastados 46.329 hectares.
O Matopiba (fronteira agrícola composta por partes dos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) concentra 64% do desmatamento do bioma.
A maior quantidade de alerta foi em áreas privadas (74%), representando cerca de 33.000 hectares.
A confirmação de um alerta de desmatamento é realizada a partir da identificação de ao menos 2 registros da mesma área em datas diferentes, com intervalo mínimo de 2 meses entre as imagens de satélite.
TOCANTINS LIDERA NO DESMATAMENTO
O Estado do Tocantins lidera o desmatamento no Cerrado em janeiro deste ano. Foram desmatados 9.688 hectares, 40% a mais que no mesmo período do ano passado (6.097).
O Piauí vem logo em seguida, com 9.631 hectares perdidos, número semelhante ao de 2023 (9.552 hectares).
Em 3º lugar está a Bahia, com 9.073 hectares do bioma devastados. A marca também é próxima à de janeiro de 2023 (9.274 ha).
Por outro lado, Goiás apresenta a maior redução. Foram desmatados 22% menos de um ano para o outro. Em janeiro de 2023, a área destruída era de 4.593 hectares. Este ano, foi de 3.558 hectares.