O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu paz na América do Sul ao lado do presidente da Guiana, Irfaan Ali, depois de encontro bilateral. A Guiana e a Venezuela vivem tensão por parte do território guianense. O petista criticou conflitos armados pelo mundo e disse que o continente sul-americano deve seguir sendo uma zona pacífica no planeta. Lula, porém, não citou o país governado por Nicolás Maduro.
“A nossa integração com a Guiana faz parte da estratégia do Brasil de ajudar não só no desenvolvimento, mas trabalhar intensamente para que a gente mantenha a América do Sul como uma zona de paz no planeta Terra. Ou seja, nós não precisamos de guerra”, afirmou.
Assista (2min22s):
Lula chegou na Guiana na 4ª feira (28.fev), onde participou da 46ª Conferência de chefes de Estado da Caricom (Comunidade do Caribe), onde conversou com líderes sobre segurança alimentar e mudanças climáticas.
Agora, ele segue para São Vicente e Granadinas, onde participa da conferência da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos). É lá onde Lula deve abordar mais diretamente o conflito da Guiana com a Venezuela e se reunir com o presidente Nicolás Maduro.
O presidente agradeceu ao premiê Ralph Gonsalves por intermediar a conversa entre os 2 países e evitar que a tensão escalasse. Foi em São Vicente e Granadinas que foi assinada uma declaração conjunta em que ambos se comprometeram a resolver o impasse sem uso da força.
A disputa entre os países, que dura mais de 1 século, está relacionada à região de Essequibo (também chamada de Guiana Essequiba). O local tem 160 mil km² e é administrado pela Guiana. A área representa 74% do território do país, é rica em petróleo e minerais, e tem saída para o oceano Atlântico.
“Vou agradecer pessoalmente ao presidente (sic) Ralph por ser o coordenador das conversas entre a Guiana e a Venezuela e espero que a gente tenha uma reunião da Celac, produtiva, harmoniosa e que todos nós saiamos de lá falando em paz, em prosperidade, em alegria, em amor e não em ódio”, disse Lula no encerramento de seu discurso.