O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, descartou um acordo de cessar-fogo com o Hamas e declarou que não concorda com nenhuma das propostas de negociação com o grupo extremista.
“Não concordaremos com nenhum acordo, e nem a qualquer preço. Muitas coisas que são ditas nos meios de comunicação, tais como o que está relacionado com a libertação de terroristas, simplesmente não concordaremos com elas”, declarou o premiê neste domingo (4.fev.2024) antes de uma reunião em seu gabinete.
A declaração de Netanyahu vem depois de uma sinalização positiva de Israel para o acordo intermediado pelo Qatar, Egito e Estados Unidos. Em 28 de janeiro, o gabinete do premiê divulgou uma nota afirmando que as negociações estavam indo para um caminho “construtivo“.
Segundo divulgou a Agência EFE em 30 de janeiro, a proposta também era estudada pelo chefe do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh. O grupo político declarou à mídia internacional que responderia em breve ao acordo.
De acordo com o jornal norte-americano The New York Times, o acordo funcionaria em duas etapas:
- o conflito pararia por cerca de 30 dias com foco na libertação de mulheres, idosos e reféns feridos;
- nova suspensão de 30 dias para a soltura de homens e soldados israelenses.
O número de palestinos a ser libertado das prisões israelenses em troca ainda estava em negociação. O acordo também permitiria mais ajuda humanitária a Gaza, afirma o NYT.