A relação do bilionário Elon Musk, dono de Space X, Tesla e X (antigo Twitter), com integrantes do conselho de suas empresas é permeada pelo uso de drogas, de acordo com reportagem do Wall Street Journal, publicada no sábado (3.fev). O jornal já havia informado, em janeiro, que o consumo de ilícitos preocupava executivos das corporações.
Segundo o jornal norte-americano, o consumo de drogas faria parte da “cultura” criada em torno de Musk. Diretores e outros funcionários da fabricante de carros elétricos e da empresa aeroespacial consideram que não consumir ilícitos poderia desagradar o empresário. Há um receio de que a abstenção afaste Musk e os executivos têm medo de arriscar perder o capital social proporcionado pela proximidade com o bilionário.
Ecstasy, LSD, cogumelos e cetamina seriam as substâncias mais usadas por ele em reuniões privadas e “férias exóticas”. O jornal lista algumas das pessoas que costumam participar desses eventos com Musk:
- Joe Gebbia, cofundador do Airbnb e amigo de Musk;
- Antonio Gracias, ex-diretor independente da Tesla e fundador da Valor Equity Partners;
- Steve Jurvetson, ex-diretor da Tesla e capitalista de risco e CEO da Future Ventures, e;
- Kimbal Musk, principal acionista da Tesla e irmão mais novo de Musk.
Ilegais, as drogas consumidas pelo empresário violam as rígidas políticas antidrogas de suas próprias empresas. Além disso, podem colocar em risco contratos federais da SpaceX e a autorização de segurança e Musk.
O jornal ainda diz que atuais e ex-diretores das empresas sabem do uso das drogas, mas evitam tomar medidas públicas sobre o assunto.
Elon Musk e seu advogado, Alex Spiro, não comentaram sobre a reportagem.