As estatais registraram deficit no resultado primário do setor público consolidado de R$ 2,3 bilhões em 2023. Esse foi o pior desempenho nas contas das companhias desde 2015, ou seja, em 8 anos. O BC (Banco Central) divulgou o resultado nesta 4ª feira (7.fev.2024). Eis a íntegra do relatório (PDF – 344 kB).
A última vez que as contas das empresas ficaram no vermelho foi em 2016, quando o deficit totalizou R$ 1 bilhão. O setor público consolidado é formado por governo central, Estados, municípios e estatais.
Passe o cursor no gráfico abaixo para visualizar os valores:
Dados do Banco Central mostram que R$ 1,3 bilhão, ou mais da metade do deficit do ano passado, corresponde às estatais federais. Apesar disso, as estatais federais –que tiveram um rombo de próximo de R$ 656 milhões em 2023– foram as responsáveis pela maior diferença de valor em relação ao ano anterior.
Em 2022, as estatais da União tiveram superavit de R$ 4,8 bilhões. A discrepância para 2023 é de R$ 5,4 bilhões. O valor é maior que para as empresas estaduais (R$ 2,7 bilhões de diferença).
Passe o cursor no gráfico abaixo para visualizar os valores:
O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, disse nesta 4ª feira (7.fev.2024) que as estatais pioraram os resultados nos 3 níveis de governo (federal, estadual e municipal). De forma ampla, sem especificar casos ou unidades da Federação, ele afirmou que as empresas precisaram de mais “aportes governamentais” e “não geraram as receitas necessárias para executar suas atividades”.
Ao considerar todas as estatais, a diferença no resultado primário foi de R$ 8,4 bilhões para 2022. Passou de um superavit de R$ 6,1 bilhões em 2022 para um deficit de R$ 2,3 bilhões em 2023.