O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta 5ª feira (8.fev.2024) que o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) vai investir R$ 121,4 bilhões em projetos de infraestrutura em Minas Gerais.
Desse montante, R$ 36 bilhões serão aplicados em obras exclusivas do Estado mineiro, enquanto os R$ 84 bilhões restantes estão destinados para projetos em parceria com Estados que fazem fronteira com Minas.
“Nós vamos apresentar um PAC que destina a Minas Gerais R$ 121,4 bilhões. Desses, R$ 36 bilhões são só dentro de Minas, o restante é nas fronteiras e em conjunto com outros estados. Nós vamos, no transporte, fazer um investimento de R$ 4 bilhões aqui”, disse Lula em entrevista à rádio Itatiaia.
Entre os investimentos para o Estado, Lula destacou a criação de 8 institutos federais em Minas Gerais. Segundo o presidente, essa será uma continuação de Lula política iniciada por ele e continuada pela ex-presidente Dilma Rousseff, que durante seus mandatos construíram 44 institutos federais em Minas Gerais.
Já em evento com a presença de diversos ministros, o governo federal detalhou onde serão aplicados esses recursos. Em apresentação, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, informou que os setores de energia, rodovias e ferrovias foram as áreas escolhidas para o maior volume de investimentos. Ao todo, essas 3 concentram R$ 108,3 bilhões do montante prometido.
A maior parte dos recursos serão utilizados em projetos interestaduais justamente porque as ferrovias e rodovias compreendem trechos que cortam diferentes Estados. A parte de energia também entra nessa equação com a construção de 29 linhas de transmissão, 15 em Minas e 14 interestaduais.
Costa também informou que os investimentos no Estado podem aumentar depois do Carnaval, quando será anunciado os projetos do PAC Seleções. Cerca de 94% dos municípios mineiros enviaram propostas, que contabilizara ao todo 4.255 possíveis projetos.
O ministro disse que nem todos os projetos serão incluídos no programa federal devido à limitação dos recursos. Contudo, informou que o governo vai disponibilizar aos senadores e deputados do Estado a lista desses projetos para que os congressistas possam atuar através de suas emendas.
Eis as disposições dos investimentos:
- energia: R$ 47 bilhões;
- rodovias: R$ 33 bilhões;
- ferrovias: R$ 28,3 bilhões;
- conectividade: R$ 3,2 bilhões;
- cidades sustentáveis: R$ 1,5 bilhão;
- aeroportos: R$ 778,9 milhões;
- saúde: R$ 715 milhões;
- educação e ciência: R$ 668 milhões;
- saneamento: R$ 381 milhões;
- infraestrutura social: R$ 240 milhões; e
- hidrovias: R$ 10,9 milhões.