O setor de franchising registrou faturamento consolidado de R$ 240,7 bilhões em 2023. É uma alta de 13,8% em relação ao ano anterior e está acima das projeções. Os dados foram divulgados pela ABF Franchising (Associação Brasileira de Franchising) nesta 5ª feira (8.fev.2024).
Os segmentos de alimentação (17,9%), saúde, beleza e bem-estar (17,5%), hotelaria e turismo (16,4%) foram os que mais cresceram no ano passado.
Segundo o ABF, o resultado no segmento de alimentação foi influenciado pela alta do ticket médio (média de vendas) e dos novos modelos e formatos focados em conveniência, além de incremento de tecnologias com foco em aumento de produtividade.
Já no ramo de saúde, beleza e bem-estar, observou-se mudanças de hábito do consumidor pós-pandemia e a maturidade das marcas e de seus franqueados.
De acordo com a ABF, novas áreas como implante de cabelo, harmonização facial e serviços odontológicos entraram no franchising nos últimos anos, o que impulsionou o crescimento do segmento.
Em relação a quantidade de empregos criados, houve uma alta de 7,1%. No ano passado, 1,7 milhão de postos de trabalho estavam ligados a franquias. Isso significa, segundo a ABF, que cada operação de franquia é responsável por 9 empregos diretos.
Quando se avalia o número de operações, o franchising registrou alta de 6,2% em 2023.
Para 2024, estima-se um crescimento de 10% no faturamento, 5,5% das operações e 5,5% nos empregos.
Fusão Arezzo&Co e o Grupo Soma
No contexto de fusão da Arezzo&Co e o Grupo Soma, o presidente da ABF, Tom Moreira Leite, disse que a expectativa é de que haja mais movimentos de consolidação dentro do franchising nos próximos anos.
“Quando um grupo decide fazer um processo de fusão e aquisição independente da modelagem é porque enxerga a capacidade de capturar mais valor atuando em conjunto”, disse a jornalistas.
A Arezzo&Co e o Grupo Soma confirmaram nesta 2ª feira (5.fev.2024) a fusão entre as duas companhias. Com a operação, a nova empresa terá um faturamento próximo a R$ 12 bilhões.
A Arezzo, responsável pela marca de calçados femininos e pela loja de roupa masculina Reserva, vai controlar 54% da nova empresa. Já o Grupo Soma –de marcas como Animale, Farm e Hering– terá os 46% restantes.