Relembre os principais “tropeços” de Joe Biden

O presidente dos EUA, Joe Biden, cometeu 2 “tropeços” em fevereiro de 2024. Na 1ª vez, em 4 de fevereiro, chamou o presidente da França, Emmanuel Macron, pelo nome de François Mitterand, presidente francês que morreu em 1996. Na 2ª vez, em 8 de fevereiro, referiu-se ao presidente do Egito, Abdel Fattah El-Sisi, como o “presidente do México”. Os 2 equívocos entram em uma lista de momentos de embaraço do democrata. Relembre os principais:

Em 20 de julho de 2022, Biden disse que “tem câncer” em meio a um discurso sobre a crise climática no Estado de Massachusetts. Pouco tempo depois, perguntas como “o presidente anunciou que tem câncer?”, “é covid ou câncer. Ele pode pelo menos esclarecer essa questão?”, surgiram nas redes sociais.

Tucker Carlson, apresentador da Fox News, comentou o episódio em seu programa. “Tem sido uma semana difícil. Na 4ª, foi câncer. Na 5ª, coronavírus. Amanhã será a varíola dos macacos. Se você ou alguém que você conhece teve relações sexuais sem proteção com Joe Biden recentemente, por favor, procure cuidados médicos. Só Deus sabe o que você pode ter contraído”, disse.  

Depois da declaração de Biden, o vice porta-voz da Casa Branca, Andrew Bates, afirmou em seu perfil no Twitter que o líder norte-americano se referiu ao câncer de pele que teve há alguns anos e foi removido antes dele assumir o cargo de presidente.

Em 28 de setembro de 2022, Biden perguntou durante um discurso se a congressista Jackie Walorski estava presente. Ela havia morrido 1 mês antes, em agosto.

Em 1º de novembro de 2022, Biden diz ter conversado com quem “inventou” a insulina, que foi criada por Frederick Banting e John James Richard, que morreram em 1941 e 1935, respectivamente. Biden nasceu em 1942.

Em 12 de novembro de 2022, Biden chamou o país Camboja de Colômbia durante uma conversa com líderes do bloco Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático) em Phnom Penh, capital do Camboja.

“Quero agradecer ao primeiro-ministro por sua liderança da Colômbia como presidente da Asean”, disse Biden. O primeiro-ministro do país, Hun Sen, era o responsável por coordenar a reunião.

Em 21 de março de 2023, o presidente dos EUA não conseguiu pronunciar o nome de um novo monumento que estava sendo criado no Estado de Nevada, chamado Avi Kwa Ame. 

Em 12 de julho de 2023, Biden confundiu os nomes dos presidentes da Rússia e da Ucrânia, enquanto discursava durante a cúpula da Otan. Em vez de dizer o nome de Volodymyr Zelensky, o democrata chamou o ucraniano de “Vladimir”, nome do presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Em 20 de novembro de 2023, o presidente dos EUA confundiu as cantoras Taylor Swift e Britney Spears durante a tradicional cerimônia de Thanksgiving (Ação de Graças) na Casa Branca. Na ocasião, ele “perdoou” 2 perus, chamados de Liberty e Bell, e falou sobre a onda de calor no Brasil.

Pela tradição norte-americana, os animais “perdoados” pelo presidente são poupados de serem servidos como refeição no feriado. O peru é o principal prato do Thanksgiving e há “competição” por qual animal receberá o perdão presidencial.

“Você poderia dizer que [conseguir o perdão] foi ainda mais difícil do que conseguir um ingresso para a turnê Renaissance [da cantora Beyoncé] ou para a turnê da Britney. Ela está em… está quente no Brasil agora”, disse Biden. Quem estava no Brasil era Taylor Swift.

Republicanos não querem reeleição de Biden

Desde o início do mandato Biden, republicanos têm usado os deslizes cometidos por ele para criticá-lo. Em publicações nas redes sociais, os eleitores da direita norte-americana caracterizam o líder como “senil”, “confuso” e “demente”, citando a idade dele (81 anos) para reforçar o discurso.

Uma pesquisa do Centro de Investigação de Assuntos Públicos da Associated Press-NORC mostrou que 77% dos norte-americanos acham que o presidente Joe Biden é velho demais para governar os EUA por mais 4 anos. Do total, 89% são republicanos e 69%, democratas. O levantamento ouviu 1.165 adultos que vivem nos EUA, de 10 a 14 de agosto de 2023. A margem de erro é de 3,8 pontos percentuais.

Caso contra Biden arquivado

Em 8 de fevereiro de 2024, Robert Hur, promotor especial que investiga Joe Biden, decidiu que não há razões para acusá-lo criminalmente pelo manuseio de material classificado depois de deixar a vice-presidência em 2017. Segundo Robert Hur, o democrata, de 81 anos, tem problemas de memória, o que dificultaria convencer o júri a considerá-lo culpado no caso.

No relatório divulgado, Hur diz haver evidências de que Biden, ao deixar a Casa Branca, compartilhou materiais sensíveis, incluindo documentos secretos sobre o Afeganistão e anotações de reuniões internas. Leia a íntegra (PDF – 48 MB, em inglês).

Biden teria, então, compartilhado esses arquivos com um escritor que o ajudou a escrever seu livro de memórias, “Promise Me, Dad”, lançado em 2017, mesmo sabendo que parte do conteúdo era confidencial.

Entretanto, no documento, Hur diz que decidiu arquivar o caso ao se questionar sobre a capacidade mental do atual presidente. Segundo Hur, Biden teria uma memória “significativamente limitada”.

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