A UCLA (Universidade da Califórnia), em Los Angeles (Estados Unidos), nomeou nesta 4ª feira (12.jun.2024) Julio Frenk, de 70 anos, como chanceler da instituição. A mudança se dá em um contexto de meses de protestos pró-Palestina no campus. Os atos resultaram em críticas à administração.
Julio Frenk será o 1º latino a ocupar o cargo. Atualmente presidente da Universidade de Miami (Flórida), ele assumirá a função em 1º de janeiro de 2025, com um salário anual de US$ 978.904.
O educador sucederá o atual chanceler, Gene Block, que deixará o cargo em 31 de julho. Darnell Hunt, vice-chanceler executivo e reitor da UCLA, assumirá interinamente até a posse de Frenk.
SEM TOLERÂNCIA A DISCRIMINAÇÃO
Em entrevista a jornalistas nesta 4ª feira (12.jun), Frenk citou a necessidade de um ambiente que favoreça o aprendizado e a livre expressão, sem tolerar assédio ou discriminação. “Os estudantes estão aqui para prosperar, para aprender”, afirmou.
A nomeação se deu na mesma semana em que manifestantes pró-Palestina foram presos por tentarem montar um novo acampamento na UCLA, na noite de 2ª feira (10.jun). Na ocasião, os policiais prenderam 27 pessoas durante o ato.
Os participantes foram citados por interrupção intencional das operações da universidade. Eles receberam ordens para ficar longe do campus por 14 dias e depois foram liberados. Em maio de 2024, a polícia já havia desocupado um acampamento na mesma universidade.
Em comunicado, Rick Braziel, vice-chanceler de segurança da UCLA, disse que os estudantes presos poderão enfrentar sanções disciplinares, que podem incluir banimento, impedimento para a realização das provas finais ou não participar das cerimônias de formaturas.
