O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugeriu nesta 5ª feira (13.jun.2024) que os presidentes Volodymyr Zelensky (Ucrânia) e Vladimir Putin (Rússia) “estão gostando da guerra, se não já tinham sentado para conversar e tentar encontrar solução pacífica”.
“Acho que tem que ter acordo [sobre ceder territórios]. Se o Zelensky diz que não tem conversa com o Putin, e o Putin diz que não tem conversa com o Zelensky, é porque estão gostando da guerra, se não já tinham sentado para conversar e tentar encontrar solução pacifica. Qualquer solução pacifica mata menos gente, destrói menos”, disse.
Lula deu as declarações a jornalistas depois da cerimônia de encerramento da 112ª conferência anual da OIT (Organização Mundial do Trabalho). Foi questionado sobre os territórios ucranianos que a Rússia segue conquistando, mesmo depois de 2 anos de guerra.
O petista também declarou que não faz defesa ao presidente russo, e que o Brasil foi o 1º a criticar a Rússia pela invasão à Ucrânia.
“O que eu não faço é ter lado. O meu lado é a paz. Meu lado não é ficar do lado do Zelensky contra o Putin, ou do lado do Putin contra o Zelensky”, afirmou.
FÓRUM DA PAZ
Lula disse ainda que não participará do Fórum da Paz na Suíça, que discutirá o conflito no Leste Europeu, porque “o Brasil não vai participar de uma cúpula em que só tem um lado”.
“A guerra é feita por duas nações. Se quiser encontrar paz, tem que colocar os 2 em uma mesa de negociação. Colocar só um lado, você não quer paz”.
O governo ucraniano insistiu para que o Brasil participasse da cúpula de paz na Suíça, que será realizada em 15 e 16 de junho, para discutir uma proposta de paz. A Rússia não participará da rodada de discussões.
Na 2ª feira (10.jun), Putin, ligou para Lula. De acordo com a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência), os líderes conversaram sobre a guerra. O petista reiterou sua posição em prol da negociação de paz que envolva tanto ucranianos quanto russos.
O presidente mencionou nesta 5ª feira (13.jun) a ligação e afirmou que falou com Putin sobre a necessidade de encontrar uma solução e negociar a paz entre os 2 países.
Esta reportagem foi escrita pela estagiária de jornalismo Evellyn Paola sob a supervisão da editora-assistente Isadora Albernaz.