O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, manteve neste domingo (11.fev.2024) a ameaça de uma ofensiva terrestre na cidade de Rafah, no sul de Gaza. Porém, prometeu uma “passagem segura” para os civis deslocados.
Questionado em entrevista à ABC News sobre para onde esses civis iriam, Netanyahu declarou só que estão “elaborando um plano detalhado”.
O premiê israelense, que diz que a “vitória” sobre o Hamas não pode ser alcançada sem eliminar os batalhões em Rafah, instruiu seus militares na 6ª feira (9.fev.2024) a se prepararem para a operação.
A comunidade internacional se mostra preocupada com o possível ataque a Rafah. O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, disse que uma ofensiva ali “levaria a uma catástrofe humanitária indescritível”.
Os EUA declararam que não apoiam uma ofensiva terrestre em Rafah, alertando que, se não for devidamente planejada, tal operação corre o risco de se tornar um “desastre”.
“Aqueles que dizem que sob nenhuma circunstância devemos entrar em Rafah estão basicamente dizendo: ‘perca a guerra. Mantenha o Hamas lá’”, disse Netanyahu.
Israel negou cessar-fogo
Na 3ª feira (7.fev.2024), Netanyahu negou proposta do grupo palestino por um cessar-fogo e citou “vitória total” de Israel no conflito contra o grupo paramilitar. Na oportunidade, também enfatizou que a derrota do grupo é a única maneira de encerrar a guerra na Faixa de Gaza.
O acordo de cessar-fogo de 135 dias em Gaza conduziria o conflito ao fim e consistia no comprometimento do grupo paramilitar de libertar todas as mulheres israelenses, os homens com menos de 19 anos e idosos mantidos reféns desde o início da guerra. Em troca, Israel soltaria mulheres e crianças palestinas presas no país.