O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, comprometeu-se publicamente nesta 5ª feira (20.jun.2024) a respeitar os resultados das eleições presidenciais marcadas para 28 de julho. É uma resposta à preocupação de parte da oposição e de observadores internacionais quanto à integridade do processo eleitoral.
O compromisso, que inclui 9 pontos, foi assinado por Maduro e outros 7 candidatos à presidência, sob a coordenação do CNE (Conselho Nacional Eleitoral), a autoridade máxima eleitoral do país.
Maduro destacou seu desejo de pôr fim às “sabotagens e conspirações” contra a Venezuela, afirmando: “O que quer que o juiz eleitoral diga, amém”.
Edmundo González, principal candidato da oposição e que lidera as pesquisas de intenção de voto, não assinou o acordo, criticando-o como uma “imposição unilateral” e destacando a falta de convite para a cerimônia de apresentação do documento.
González, ausente do evento, reiterou que o reconhecimento dos resultados eleitorais já estava contemplado em um acordo anterior, violado pelo governo com o cancelamento do convite a observadores da UE (União Europeia) e o aumento da pressão a líderes da oposição.
A campanha eleitoral na Venezuela começa em 4 de julho.