O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), ordenou na 6ª feira (21.jun.2024) que o governo de São Paulo, a PF (Polícia Federal) e a PGR (Procuradoria Geral da República) prestem informações sobre a acusação de uma suposta ordem para o assassinato do ex-policial Ronnie Lessa, delator do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do seu motorista, Anderson Gomes.
A decisão foi tomada depois de o ministro receber, na 5ª feira (20.jun), um ofício do Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo). De acordo com a entidade, o PCC (Primeiro Comando da Capital), facção que domina os presídios do Estado, teria dado autorização para o assassinato de Lessa. A acusação foi feita em um e-mail enviado ao sindicato.
O ex-policial chegou na 5ª feira (20.jun) ao presídio de Tremembé, em São Paulo, depois de deixar o presídio federal de Campo Grande (MS). Por ser ex-policial e ter ligações com milícias, Ronnie Lessa é considerado inimigo do PCC.
A transferência foi autorizada por Moraes em função dos benefícios acertados por Lessa no acordo de delação premiada. O ex-policial acusou o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) e seu irmão, Domingos Brazão, de serem os mandantes do assassinato de Marielle. Uma das cláusulas do acordo previa que Lessa deixasse o presídio federal onde estava, em Campo Grande, para ficar mais próximo dos familiares, que moram no Rio de Janeiro.
Segundo o sindicato, o “clima está tenso” em Tremembé, com possibilidade de rebelião. A entidade também pediu a Moraes a transferência de Lessa para outro presídio.
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Com informações da Agência Brasil.