O delegado da PF (Polícia Federal) Clynton Eustáquio Xavier é um dos integrantes de duas comissões que analisam PADs (Procedimentos Administrativos Disciplinares) contra o ex-ministro da Justiça do governo de Bolsonaro (PL) e também delegado da corporação, Anderson Torres.
Em 2021, Clyton foi demitido da função de diretor de Operações da Secretaria de Operações Integradas. A demissão se deu no período de transição de André Mendonça para Anderson Torres em 2021. Eis a íntegra da demissão publicada no Diário Oficial da União (PDF – 139 kB).
Torres é investigado por trazer uma suposta “repercussão negativa” à imagem da PF depois do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) apreender em sua residência 55 aves. A corregedoria da corporação também apura suposta “desídia e omissão” do então ex-secretário de Segurança Pública do DF no 8 de Janeiro.
Caso confirmado uma possível relação entre Torres e Clyton as comissões que analisam os casos contra o ex-ministro poderão ser substituídas. Porém, segundo apurou este jornal digital, integrantes da PF dizem que os 2 delegados não mantinham contato.
O Poder360 entrou em contato com a PF para questionar sobre a permanência do delegado nas comissões. A corporação informou que não pode comentar casos que tramitam na corregedoria sob sigilo.