O ex-primeiro-ministro holandês Dries van Agt e sua mulher, Eugenie, morreram em 5 de fevereiro depois de uma dupla eutanásia. Segundo o The Rights Forum, fundação pró-Palestina fundada por ele em 2009, o casal morreu de mãos dadas em um hospital de Nijmegen, no leste do país, cidade natal de van Agt. O funeral foi fechado. Ambos tinham 93 anos.
O político, que liderou o país de 1977 a 1982, teve uma hemorragia cerebral em 2019. Embora tenha se recuperado, manteve sequelas permanentes. Segundo o comunicado, Eugenie não queria continuar vivendo sem o marido, e por isso optou pelo procedimento.
O suicídio assistido é na Holanda desde 2002, assim como em outros países europeus, como Suíça, Bélgica, Luxemburgo e Espanha. Contudo, só pode ser realizado se o paciente estiver em sofrimento, sem perspectiva de melhora e tenha o desejo de morrer certificado e autorizado por pelo menos 2 médicos. O país também permite que casais realizem eutanásia dupla.
Na América Latina, o procedimento é descriminalizado no Equador, na Colômbia e em Cuba. No Brasil, é configurado como crime e, se realizado, os envolvidos podem responder por homicídio.