Os EUA disseram na 2ª feira (12.fev.2024) que rebeldes houthi atingiram no Mar Vermelho um navio grego que transportava milho do Brasil para o Irã. Os houthis já haviam assumido a responsabilidade pelo ataque, porém, afirmaram se tratar de um navio norte-americano.
Desde novembro, o grupo rebelde tem atacado navios comerciais dos EUA e do Reino Unido com destino a Israel. Esta é uma forma de demonstrar apoio aos palestinos e ao Hamas, grupo extremista que controla a Faixa de Gaza e está em guerra com Israel.
Os houthis têm sua origem em um grupo do norte do Iêmen e pertencem ao segmento xiita da religião muçulmana, assim como o Irã. A ligação religiosa entre o grupo e Teerã faz com que sejam considerados aliados. Ambos integram o “Eixo de Resistência”, que inclui o Hamas.
O grupo rebelde disse que continuará com as investidas até que seja acordado um cessar-fogo na Faixa de Gaza e que alimentos e medicamentos sejam autorizados a entrar no enclave palestino para aliviar a crise humanitária.
“Neste caso, parece que as atividades desestabilizadoras do Irã colocaram em perigo a segurança alimentar do povo iraniano”, disse um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano.
De acordo com o porta-voz, o navio é propriedade da Star Bulk Carriers, “uma empresa de transporte marítimo global com sede na Grécia e proprietários parciais dos EUA”. A embarcação não foi sujeita às sanções norte-americanas porque transportava milho, que se enquadra na exceção que cobre o fornecimento de alimentos. O navio sofreu danos leves e a tripulação não ficou ferida, disseram os EUA.
Desde que os ataques no Mar Vermelho começaram, algumas companhias marítimas suspenderam o trânsito na região. Com isso, os navios precisam fazer viagens mais longas e mais caras ao redor da África para evitar serem atacados.
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