O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reunirá nesta 4ª feira (3.jul.2024), às 16h30, com os ministros da área econômica de seu governo para tratar sobre a alta do dólar, que tem subido com os ataques recentes do petista ao BC (Banco Central).
Participam da reunião no Palácio do Planalto:
- Rui Costa, ministro da Casa Civil;
- Fernando Haddad, ministro da Fazenda;
- Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento;
- Esther Dweck, ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos;
- Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda;
- Bruno Moretti, secretário especial de análise governamental da Casa Civil.
O real foi a 5ª moeda que mais se desvalorizou no mundo em 2024, mostrou um levantamento do Poder360 com base em dados da Austin Rating. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse na 5ª feira (27.jun.2024) que a alta do dólar está relacionada ao aumento da percepção de risco no Brasil. Defendeu que não há uma disfuncionalidade no mercado de câmbio e que, por isso, não houve intervenção da autoridade monetária.
O governo Lula também estuda uma revisão de gastos do Orçamento público. Todas as propostas para cortes de gastos são tratadas pela equipe econômica como possibilidades. É como se fosse um grande “brainstorming”, expressão em inglês para uma fase inicial de um projeto em que todas as possibilidades são válidas para serem analisadas posteriormente.
Eis algumas das opções para a revisão:
- Previdência dos militares – a ministra Simone Tebet (Planejamento) já falou sobre a possibilidade. Entretanto, integrantes das Forças Armadas são contra. O ministro José Múcio (Defesa) deve entrar nas mesas de negociações;
- custeio dos ministérios – a diminuição da verba para o órgão enfrenta a resistência no próprio governo. Ministros pedem cada vez mais dinheiro à equipe econômica e já reclamam quando não conseguem acesso aos recursos;
- benefícios trabalhistas – mudanças nas categorias enfrentam resistência porque podem prejudicar a popularidade de Lula. Há como serem vistas como uma forma de penalizar o trabalhador;
- salário mínimo – a ideia de parte do time econômico é desindexar a valorização de alguns benefícios sociais e trabalhistas. O PT é contra.