O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a dizer nesta 4ª feira (3.jul.2024) que o dólar vai se “acomodar”. A moeda norte-americana opera em forte queda de 2,03%, cotada a R$ 5,55, depois de fechar em R$ 5,67 na 3ª feira (2.jul).
Questionado sobre uma possível intervenção do Banco Central no mercado cambial, Haddad disse que a diretoria do Banco Central tem autonomia para atuar como achar conveniente, e que não existe outra orientação.
Afirmou que o motivo para acreditar na queda do dólar é que o governo está “fazendo e entregando”. Ele declarou que medidas de corte de gastos serão apresentadas à imprensa depois que acertar os detalhes com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Haddad concedeu entrevista a jornalistas nesta 4ª feira (3.jul.2024) no Palácio do Planalto. Disse que desconhece discussão sobre mudar mandatos no BC (Banco Central). A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, defendeu mudanças na lei.
O presidente do BC tem mandato que não coincide com o do presidente da República. Por isso, um governo eleito só poderá trocar o dirigente da autoridade monetária após 2 anos de gestão. Tebet quer reduzir esse período para 1 ano.
Haddad disse que não sabe de estudo sobre mudanças na lei de autonomia do BC, sancionada em 2021.
Na 2ª feira (1º.jul.2024), o ministro da Fazenda atribuiu a alta do dólar a “ruídos” e que o governo precisa melhorar a comunicação com os agentes econômicos.