A World Athletics, a 1º federação internacional de atletismo, decidiu na 5ª feira (27.jun.2024) que premiará os medalhistas de ouro nas Olimpíadas de Paris 2024 com US$ 50,000 cada.
A iniciativa, revelada pelo presidente Sebastian Coe, tem como objetivo valorizar os atletas de alto desempenho, oferecendo-lhes a oportunidade de lucrar com os momentos mais significativos de suas carreiras.
O atletismo, diferentemente de esportes como futebol e basquete, enfrenta desafios financeiros, com atletas gastando milhares de dólares anualmente em treinamento e viagens, muitas vezes sem apoio financeiro substancial.
A decisão da World Athletics, contudo, suscita dúvidas sobre sua eficácia em apoiar aqueles que lutam para manter suas carreiras no atletismo, uma vez que o prêmio beneficia apenas os atletas já bem-sucedidos e estabelecidos.
A Diamond League, por exemplo, já oferece US$ 10,000 para cada vencedor de suas competições, com um adicional de US$ 30,000 para os campeões das finais dos eventos. Portanto, a nova fonte de prêmio em dinheiro da World Athletics, embora generosa, não necessariamente alivia o fardo financeiro dos atletas no topo do esporte.
Na competição de sprint de 100m masculino das Olimpíadas de Tóquio 2020, apenas o medalhista de ouro, Marcell Jacobs, teria recebido o prêmio de US$ 50,000, deixando os outros 79 competidores sem recompensa financeira.
A federação planeja estender o prêmio em dinheiro aos medalhistas de prata e bronze nas Olimpíadas de Los Angeles em 2028. No entanto, mesmo com essa expansão, a grande maioria dos competidores, 96,25%, ainda ficará sem recompensa financeira.