Liga inglesa aprova compra do Manchester United por R$ 8 bi

A Premier League (liga inglesa de futebol) aprovou nesta 3ª feira (13.fev.2024) a compra de 25% do clube Manchester United pelo bilionário Sir Jim Rattcliffe, de 71 anos. O empresário britânico pagará cerca de £ 1,3 bilhão (R$ 8 bilhões) para assumir o controle esportivo da equipe.

O acordo entre Rattcliffe e a família Glazer, dona do United desde 2005, foi anunciado em 24 de dezembro. Resta agora a aprovação por parte da FA (Football Association), a entidade que rege o futebol na Inglaterra.

Jim Rattcliffe é fundador, CEO e presidente da Ineos, uma das maiores empresas da indústria química no mundo. Tem uma fortuna avaliada em US$ 18,3 bilhões, segundo a Bloomberg. É o 2º homem mais rico do Reino Unido e o 101º do mundo.

Além do valor desembolsado na compra da equipe de Manchester, o negócio também prevê um investimento adicional de £ 239 milhões (R$ 1,5 bilhão) na divisão de futebol. Deve ser usado, entre outros, para a renovação do estádio Old Trafford.

O controle das operações futebolísticas do Manchester United será feito pela Ineos Sport, que também gere dezenas de outros times e negócio do setor.

O braço do império de Rattcliffe é dono de 1/3 da equipe Mercedes da Fórmula 1 e controla os times de futebol Nice (França) e Lausanne (Suíça). Também é dono de equipes de vela e de ciclismo. Desde 2021, a Ineos patrocina a equipe de Rugby da Nova Zelândia, uma das mais tradicionais do esporte.

Atos contra a família Glazer

Torcedores do Manchester United vem, há anos, protestando pela maneira como o clube é gerido pelos irmãos norte-americanos Joel e Avram Glazer.

O United é o time com mais títulos ingleses (20) e o 2º com mais troféus da Liga dos Campeões da Europa (3). Enfrenta, contudo, um jejum de 11 anos sem levantar a taça nacional e de 16 sem o título continental.

O ápice das manifestações foi em maio de 2021, quando centenas de fãs dos Red Devils invadiram o estádio e acenderam sinalizadores antes de uma partida da Premier League contra o maior rival, o Liverpool. À época, era proibida a presença de público nas arquibancadas por causa da pandemia da covid-19. O jogo foi adiado.

O estopim para os atos foi a apoio dos donos do United à criação da Superliga europeia, um projeto encabeçado por 16 clubes para criar uma liga continental que enfraqueceria os torneios domésticos.

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