O líder do Partido Trabalhista britânico, Keir Starmer, disse nesta 4ª feira (3.jul.2024) que, se vencer as eleições, o país não voltará a fazer parte da União Europeia. Os trabalhistas são apontados como vencedores do pleito de 5ª feira (4.jul), o que asseguraria a nomeação de Starmer como primeiro-ministro.
Durante a campanha, o candidato evitou discutir as relações com o bloco. Uma das promessas do partido, quando derrotado em 2019, era estabelecer um 2º referendo sobre o Brexit. Em 2016, a maioria dos eleitores votou pela saúda da UE, concretizada em 2020.
Às vésperas das eleições, Starmer é apontado como futuro primeiro-ministro por pesquisas de opinião.
Levantamento do YouGov divulgado na 4ª feira (3.jul) aponta que o trabalhistas têm 39% das intenções de voto, contra 22% dos conservadores. O Reform UK (ex-Partido do Brexit), mais à direita, soma 15% e também deve tirar cadeiras dos tories (como são conhecidos os integrantes do Partido Conservador).
Starmer disse a jornalistas que não há possibilidade de retorno à União Europeia caso ele governe o país. “Eu não acho que isso vai acontecer. Fui muito claro sobre não voltar a aderir à União Europeia, ao mercado único ou à união aduaneira”, afirmou.
O líder trabalhista ainda criticou o acordo comercial entre o Reino Unido e o bloco, que foi estabelecido pelo ex-premiê conservador Boris Johnson. Starmer ainda falou da possibilidade de renegociar parcerias em pesquisa, desenvolvimento e segurança.
