O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse nesta 5ª feira (4.jul.2024) em seu perfil no X (ex-Twitter) que o indiciamento de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pelo caso das joias demonstra a “perseguição declarada e descarada” contra o antigo chefe do Executivo.
“Alguém ganha um presente, uma comissão de servidores públicos decide que ele é seu. O TCU [Tribunal de Contas da União] questiona e o presente é devolvido à União. Não há dano ao erário! Aí o grupo de PFs, escalados a dedo para a missão, indicia a pessoa”, declarou. A publicação foi compartilhada pelo seu irmão e deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Já o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL) disse que “o sistema é bruto e seus vassalos são piores ainda”.
“Onde não há caráter, não há justiça!”, disse.
ENTENDA O CASO
A PF indiciou nesta 5ª feira (4.jul) Bolsonaro e outros 11 aliados no caso das joias. A corporação concluiu haver indícios dos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.
As joias foram dadas como presente por governos estrangeiros para Bolsonaro enquanto estava no Palácio do Planalto. Depois, foram vendidas a joalherias nos Estados Unidos por aliados do ex-presidente, segundo a PF.
Um relógio da marca de luxo Rolex avaliado em US$ 68.000, por exemplo, foi recomprado por Wassef depois do início das investigações sobre o caso.
Em 4 de abril de 2023, o kit de joias completo foi entregue à Caixa Econômica Federal. Leia mais sobre os kits aqui.
Um acordo de cooperação foi firmado com o FBI para localizar as peças, com base no Tratado de Assistência Jurídica Mútua (Mutual Legal Assistance Treaties, em inglês), um pacto internacional para assistência ou cooperação jurídica em matéria criminal.