A presidente do NBD (Novo Banco de Desenvolvimento), a ex-presidente da República Dilma Rousseff, afirmou nesta 3ª feira (13.fev.2024) que o Brics – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã – já representa 31,5% do PIB (Produto Interno Bruto) global, superando os 30,8% do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, além da União Europeia).
A declaração da presidente do Banco dos Brics se deu durante participação no World Government Summit, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Dilma, que assumiu em março de 2023 a presidência da instituição, disse que o poder dos países que compõem o Brics “tem crescido rapidamente”.
Segundo ela, o FMI (Fundo Monetário Internacional) afirmou que até 2028 os países do bloco vão representar de 35 a 40% do PIB global, enquanto a participação do G7 cairá para 27,8%.
“Mesmo com dificuldades relacionadas à injusta ordem financeira internacional e do grande endividamento dos países em desenvolvimento, os números do Fundo Monetário Internacional são uma boa ilustração desta nova tendência”, declarou.
Assista (1min8s):
Em 2022, o PIB do Brics atingiu US$ 25,9 trilhões. A soma de tudo o que foi produzido, pelos até então 5 países (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), naquele ano representava 25,5% da atividade econômica global.
Em 2010, quando a África do Sul entrou para o grupo, o PIB do Brics atingiu US$ 11,9 trilhões –naquele momento, equivalia a 17,9% da economia mundial. De lá para cá, o bloco cresceu sua participação.
O aumento também foi impulsionado pelos 2 gigantes asiáticos que fazem parte do grupo. Juntas, China e Índia equivalem a 21% do PIB global. De 2010 a 2022, o PIB chinês quase triplicou em valores correntes, saltando de US$ 6,1 trilhões para US$ 18 trilhões. A Índia, por sua vez, dobrou sua atividade econômica: foi de US$ 1,7 trilhão para US$ 3,4 trilhões.