Doadores do Partido Democrata, como Reed Hastings, fundador da Netflix, e Bill Harris, ex-CEO do Paypal, disseram neste domingo (7.jul.2024) que estão preocupados sobre a capacidade do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de liderar o país. Após a entrevista de Biden a George Stephanopoulos, na ABC News, na 6ª feira (5.jul.2024), os empresários passaram a pedir que ele desista de tentar a reeleição.
Hastings criticou abertamente a condição mental do presidente norte-americano. “Infelizmente, Biden nega o seu estado mental. Ele precisa se afastar para permitir que um vigoroso líder democrata derrote Trump”, afirmou Hastings.
A preocupação se deu por conta da idade de Biden, de 81 anos, e sua capacidade para um segundo mandato, após vários episódios constrangedores, seu desempenho no debate com o adversário Donald Trump (Republicanos) e, sobretudo, sua postura durante a entrevista na ABC News.
A emissora conversou com Harris, do Paypal, logo após a entrevista com Biden. O empresário observou que o presidente “parecia velho”. Harris, que doou US$ 620 mil para o Biden Victory Fund em 2020, considerou a saída de Biden da corrida presidencial como “inevitável”.
DOADORES QUEREM RENOVAÇÃO
Os doadores querem um debate amplo no Partido Democrata sobre renovação e liderança. Para isso, Harris iniciou um comitê de ação política (PAC), o Democratas para a Próxima Geração, prometendo US$ 2 milhões para apoiar debates entre potenciais candidatos democratas caso Biden se retire.
Whitney Tilson, um investidor e doador democrata de longa data, expressou as suas dúvidas sobre a capacidade de Biden de garantir uma vitória contra Donald Trump, indicando que mesmo uma entrevista bem-sucedida não influenciaria a sua opinião.
O bilionário e magnata imobiliário de Los Angeles Rick Caruso apelou publicamente à renúncia de Biden, classificando-a como a “coisa certa e honrosa” a fazer neste período eleitoral crítico. O produtor de Hollywood Damon Lindelof optou por reter novas doações até que seja feita uma alteração no topo da chapa.
Apesar das preocupações crescentes, o presidente Biden rejeitou a ideia de desistir. “Não vou a lugar nenhum“, afirmou na 6ª feira (5.jul.2024).
