A Boeing concordou no domingo (7.jul.2024) em se declarar culpada no processo que investiga 2 acidentes fatais envolvendo aviões do modelo 737 Max. O acordo ainda precisa ser validado por um juiz dos Estados Unidos, país em que a ação foi protocolada. As informações são da Reuters.
Os acidentes ocorreram em março de 2019, na Etiópia, e em outubro de 2018, na Indonésia. No total, 346 morreram.
O acordo, segundo a agência de notícias, foi apresentado à Justiça norte-americana pelo Departamento de Justiça dos EUA. Um porta-voz da empresa confirmou que a Boeing “chegou a um acordo” sobre os termos para resolver o processo.
Os promotores federais disseram que a Boeing cometeu conspiração para defraudar o governo dos EUA. Segundo eles, a empresa prestou informações falsas a reguladores sobre um software de controle de voo, usado nos voos citados no processo.
Como parte do acordado, a fabricante de aviões vai investir pelo menos US$ 455 milhões nos próximos 3 anos para impulsionar programas de segurança e conformidade. Um monitor independente deverá apresentar publicamente relatórios anuais de progresso dessas iniciativas. Durante esse período, a Boeing estará em liberdade condicional e deve ser supervisionada.
O conselho de administração da fabricante de aviões vai precisar se reunir com as famílias das vítimas do acidente. A empresa terá penalidades adicionais se um dos termos for violado. O acordo também prevê que a Boeing pague uma multa adicional de US$ 243,6 milhões.
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