O Brasil deve alcançar a meta de 2,7 milhões de toneladas de algodão (pluma) exportados no período de agosto de 2023 a julho deste ano. O número era esperado só para 2030, mas está projetado para o fim deste mês, segundo a Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
Com o resultado, o país se tornará pela 1ª vez o maior exportador do produto, ultrapassando os Estados Unidos. É o que divulgou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, no lançamento do Plano Safra 2024/25.
Conforme a Abrapa (Associação Brasileiras dos Produtores de Algodão), o resultado se dá a partir de um trabalho que teve início há 25 anos, com investimento do setor em tecnologia aliado a uma estratégia de promoção comercial em parceria com agência brasileira. Trata-se do Projeto Cotton Brazil.
O programa criou estrategicamente um escritório de representação em Singapura, no sudeste da Ásia, para intensificar a demanda da fibra em 10 países: China, Bangladesh, Vietnã, Turquia, Paquistão, Indonésia, Índia, Tailândia, Coreia do Sul e Egito. Juntos representam 49% da população mundial e são o destino de 90% das exportações globais de algodão.
Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa, disse que a parceria do setor com a Apex foi movimento fundamental para o crescimento dos números. “Foi definitiva na conquista da liderança. Antes disso, trabalhamos continuadamente para aperfeiçoar nossos processos e com a Apex, além de recursos para avançar, ganhamos mais peso em representatividade, inclusive diplomática”, disse.
Eis os mercados que o Brasil mais exporta:
- China: 53%;
- Vietnã: 14%;
- Bangladesh: 10%;
- Turquia: 7%;
- Indonésia: 5%;
- Paquistão: 5%;
- Coreia do Sul: 1%;
- Egito: 1%;
- Tailândia: 0,3%;
- Portugal: 0,4%.