A ministra do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), Luciana Santos, anunciou nesta 2ª feira (8.jul.2024) o investimento de cerca de R$ 500 milhões em programas de desenvolvimento na Amazônia. Segundo o ministério, a prioridade são projetos pró-Amazônia, de combate à insegurança alimentar e erradicação da fome, além de bioeconomia, alocados no Norte do país.
“Vamos apoiar projetos que promovam soluções com gargalos científicos e tecnológicos, enfrentados na estruturação das cadeias socioprodutivas da biodiversidade brasileira. O que queremos é melhorar a qualidade de vida das populações e isso necessariamente passa pela Amazônia”, disse Luciana Santos durante a 76ª Reunião Anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência).
De acordo com a ministra, os R$ 500 milhões são do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), cujo valor total aprovado para 2024 é de R$ 12,7 bilhões. Eis a divisão:
- R$ 160 milhões para infraestrutura da pesquisa científica (criação e manutenção de laboratórios, acervos científicos, históricos e culturais. Desses, R$ 110 milhões serão para projetos de cidades dos estados amazônicos, fora das capitais;
- R$ 20 milhões para manutenção dos espaços de museus;
- R$ 20 milhões para construção do Museu das Amazônias, em Belém (PA). A previsão é que a obra fique pronta para a Cop30, em 2025;
- R$ 150 milhões para projetos de inovação das empresas em bioeconomia (cidades sustentáveis, descarbonização de processos produtivos, transformação digital, restauração florestal e monitoramento ambiental);
- R$ 182 milhões para o lançamento de 2 editais dentro do projeto de insegurança alimentar e erradicação da fome, cujas soluções tecnológicas visam as cadeias socioprodutivas da bioeconomia e de sistemas agroalimentares.
Luciana Santos anunciou também o investimento de outros R$ 10 milhões para salvaguardar acervos do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas). O objetivo é a construção de um novo herbário para as plantas locais.
No domingo (7.jul), durante a abertura do SBPC, a ministra afirmou que o governo tem buscado investir no Norte do país para diminuir a disparidade entre regiões. “Acreditamos que o estabelecimento de fontes estáveis para o financiamento de políticas de ciência, tecnologia e inovação é um dos fatores que mais pode contribuir para a diminuição de assimetrias regionais”, disse.