Torcedores criticam preços de ingressos para a Copa América

A realização da Copa América nos Estados Unidos, marcada por altos preços de ingressos e estádios apenas parcialmente ocupados, levantou questionamentos do público local e de turistas sobre as estratégias de precificação e marketing dos organizadores.

A média de preço dos ingressos ultrapassa os US$ 200, valor que, apesar de atrair público para jogos de seleções populares como a Argentina, revela lacunas nas arquibancadas em outras partidas. Para a semifinal entre Argentina e Colômbia, por exemplo, o ingresso mais barato custa US$ 249 (R$ 1.363, na cotação atual) e o mais caro, US$ 1.006 (R$ 5.509).

A presença de Lionel Messi e da seleção argentina, campeões mundiais, é um atrativo, com grandes públicos nos jogos da equipe e os ingressos mais caros do torneio.

No entanto, a estratégia de precificação dinâmica, que ajusta os preços com base na demanda, tem sido vista como uma barreira para muitos fãs, especialmente aqueles de países latino-americanos.

A Conmebol celebrou o sucesso de vendas, com mais de 1 milhão de ingressos vendidos antes do início da Copa América. Porém, as cadeiras vazias em jogos importantes e a dificuldade de atrair públicos maiores para partidas de outras seleções indicam que a estratégia de precificação pode ter sido mal calculada.

A escolha dos Estados Unidos como sede do torneio, que inicialmente seria realizado no Equador, buscava capitalizar sobre a crescente base de fãs de futebol no país e preparar o terreno para o Mundial de 2026, com jogos no Canadá, nos Estados Unidos e no México.

Contudo, a eliminação precoce de seleções populares na América do Norte como México e Estados Unidos, somada aos altos preços dos ingressos, limitou o impacto esperado.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.