Oposição na Câmara quer convocar Lewandowski após fugas em presídio

A oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Câmara quer convocar o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, depois da fuga de 2 presos na Penitenciária Federal de Mossoró (RN), uma das 5 de segurança máxima do Brasil. Foi a 1ª ocorrência do tipo em uma penitenciária federal na história do país.

O presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, deputado Sanderson (PL-RS), afirmou ao Poder360 que o ministro será convocado na comissão. Sanderson deverá deixar o comando da comissão nas próximas semanas, quando haverá nova eleição para todas as comissões da Casa, mas seguirá como membro do colegiado.

“Vamos cobrar todas as informações a respeito e a imediata apuração sobre as gravíssimas fugas. O novo ministro da justiça será convocado”, disse o deputado.

“Essas fugas são desastrosas e emblemáticas, porque nunca havia acontecido uma única fuga do sistema prisional federal, que conta com 5 presídios federais”, completou.

O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) também quer apresentar um requerimento para a convocação do ministro na comissão assim que os trabalhos forem retomados. Segundo o congressista, é “inadmissível que fugas ocorram em presídios federais”.

“O ministro Lewandowski precisa vir à Comissão de Segurança Pública prestar esclarecimentos sobre esse gravíssimo ocorrido”, disse Nogueira.

ENTENDA O CASO

O presídio de segurança máxima de Mossoró (RN) identificou a fuga de 2 presos: Rogério da Silva Mendonça (conhecido como Tatu) e Deibson Cabral Nascimento (o Deisinho). Eles são do Acre e foram transferidos em setembro de 2023.

A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte enviou apoio à Penitenciária Federal de Mossoró. O sistema federal tem presídios de segurança máxima em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Brasília (DF), além de Mossoró (RN).

A PF (Polícia Federal) investiga também a relação dos 2 foragidos com o Comando Vermelho, facção criminosa do Rio de Janeiro, segundo apurou o Poder360. A corporação foi acionada para atuar em conjunto com a Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais) na investigação.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.