A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, de maioria republicana, aprovou nesta 4ª feira (10.jul.2024) um projeto de lei que proíbe imigrantes ilegais de se registrarem para votar nas eleições presidenciais do país, o que já não é permitido no país. O Senado, de maioria democrata, deve rejeitar a proposta.
Apoiada pelo ex-presidente Donald Trump (Partido Republicano), a Lei de Salvaguarda da Elegibilidade do Eleitor Americano foi aprovada com 221 votos favoráveis e 198 contrários. O texto exige que os eleitores apresentem comprovação de cidadania norte-americana ao se registrarem e que os Estados removam indivíduos “suspeitos” de serem imigrantes ilegais de listas eleitorais.
Os defensores do projeto argumentam que a medida é essencial para assegurar a integridade do processo eleitoral do país. No entanto, o projeto enfrenta resistência dos integrantes do Partido Democrata, que o consideram uma tentativa de suprimir votos de eleitores do partido. Também alegam que a iniciativa visa reduzir a confiança do cidadão no sistema eleitoral.
A administração do presidente Joe Biden (Partido Democrata), contrária ao projeto de lei, afirmou que o texto “dificultaria o registro de todos os norte-americanos elegíveis e elevaria o risco de eleitores qualificados serem indevidamente removidos das listas”.
O presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, criticou a política migratória de Biden e os deputados que votaram contra o projeto de lei.
“Nos últimos 4 anos acolheu milhões e milhões de imigrantes ilegais no país, sabendo que os imigrantes ilegais só precisam assinalar uma caixa para votar nas eleições. Há muito sabemos que este foi um esforço intencional para transformá-los em eleitores”, afirmou.
Nos EUA, a questão migratória é um dos temas mais debatidos na disputa à Casa Branca e uma das principais críticas de republicanos contra o governo de Biden. O democrata, de 81 anos, deve reeditar a última disputa eleitoral do país, contra Trump. As eleições serão em novembro deste ano.