O vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior (MDB), disse que o apoio do PT será essencial para chegar ao comando da Prefeitura de Salvador. Se eleito, vai ser a 1ª vez que alguém apoiado pelo partido no 1º turno das eleições municipais vence um pleito na capital.
“Eu sou filiado ao MDB, mas pertenço a esse grupo político formado nessa aliança pelos partidos que estiveram ao nosso lado nas eleições de 2022, quando fomos vitoriosos”, disse em entrevista ao Poder360.
Assista (45min02s):
Geraldo se elegeu junto a Jerônimo Rodrigues (PT) para o governo da Bahia em 2022 num pleito com favoritismo inicial de seu opositor, o ex-prefeito ACM Neto (União Brasil). As pesquisas apontavam que o herdeiro político de Antônio Carlos Magalhães ganharia no 1º turno.
O cenário é similar nessas eleições municipais. Seu principal opositor, Bruno Reis (União Brasil), atual prefeito de Salvador e ex-vice de ACM Neto, aparece com ampla liderança nas pesquisas.
Assim como nas eleições para o governo, Geraldo acredita que vai reverter o quadro. “A diferença contra o nosso adversário era de quase 70 pontos e nós vencemos”, afirmou.
Geraldo Júnior está na sua 1ª pré-candidatura à Prefeitura de Salvador. Antes de ser vice-governador do Estado, foi vereador na capital por 3 mandatos, sendo presidente da Câmara Municipal em 2 deles.
As pesquisas eleitorais mais recentes mostram ele e o atual prefeito, Bruno Reis, como os mais bem colocados na disputa. Outros principais nomes são:
- Kleber Rosa (Psol);
- Giovani Damico (PCB);
- Eslane Paixão (UP); e
- Victor Marinho (PSTU).
PODER ENTREVISTA PRÉ-CANDIDATOS
O Poder360 realiza uma série de entrevistas com pré-candidatos às prefeituras das capitais do Brasil. São feitas perguntas sobre pautas econômicas e de costume.
Abaixo, destaques sobre a opinião de Geraldo Júnior a respeito dos temas:
- legalização da maconha e outras drogas – “Nós somos a favor da legislação, mas tendo que ter um bom senso para não ter uma disparidade e decisões diferentes para motivações iguais. Temos que ter o mesmo balanço para aquelas pessoas que vivem na periferia e aqueles que são afortunados porque nasceram na riqueza ou são filhos de pais que detêm poder econômico.”
- legalização do aborto – “Eu sou a favor da vida e contrário à violência contra a mulher. A sociedade civil não quer a extensão do aborto, mas ela também não quer que as mulheres sejam marginalizadas [pela prática].”
- privatização das estatais – “Temos por dever de verticalização e de ordem institucional de um poder avaliar cada situação dentro da demanda da própria população.”
- segurança pública – “A guarda municipal precisa ser valorizada, precisam ter um plano de ação vinculada a ações nacionais do governo federal para receber a capacitação, para receber incentivos, para receber gratificações, mas eles não têm esse plano de gratificação.”
- saúde – “Nós precisamos reforçar a atenção primária, porque se ela não funciona bem, ela prejudica as ações de média de alta complexidade. As pessoas não aguentam mais não terem atenção primária.”
- sustentabilidade – “Nós somos a favor de uma política de desenvolvimento, mas com justiça social e preservação do meio ambiente.”
Esta reportagem foi escrita pela redatora Luísa Carvalho e o estagiário de jornalismo Maicon Viana sob a supervisão do editor-assistente Victor Schneider.