As Forças de Defesa de Israel lançaram um ataque ao sul de Gaza neste sábado (13.jul.2024) com o objetivo de atingir “dois terroristas seniores do Hamas e outros terroristas se esconderam entre civis”. Segundo o The New York Times, um dos alvos era Muhammed Deif, líder militar do Hamas e o 2º integrante mais importante do grupo extremista.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, diz que o ataque à província de Khan Yunis, na região de Mawasi, deixou ao menos 71 mortos e 289 feridos, incluindo casos graves. De acordo com o órgão, equipes médicas ainda atuam no local.
As Forças de Defesa de Israel disseram que o local do ataque foi uma área aberta cercada por árvores, construções e galpões. Por meio das redes sociais, publicaram uma imagem com o antes e o depois da investida, para mostrar que não se tratava de uma região de civis.
Muhammed Deif foi um dos mentores do ataque a Israel em outubro de 2023, que causou mais de 1.200 mortes e levou à escalada da guerra no Oriente Médio.
Além de Deif, a investida israelense deste sábado (13.jul) também mirou Rafah Salameh, o principal comandante do grupo em Khan Younis.
Israel não declarou se os integrantes do Hamas foram mortos. Nas redes sociais, apoiadores da nação judia comemoraram a suposta “eliminação” dos comandantes.
O Hamas negou que o ataque tenha tido militares como alvo. Segundo o grupo, os dezenas de mortos eram civis.
“As alegações da ocupação sobre ter como alvo os líderes são falsas, esta não é a primeira vez que a ocupação afirma ter como alvo os líderes palestinianos, e mais tarde provou-se que era uma mentira. Estas falsas alegações são apenas um encobrimento da escala do horrível massacre”, disse o Hamas, em comunicado.
O grupo extremista diz que a área atacada é povoada por cerca de 80 mil palestinos, e que Israel tinha noção das características da região pois a monitorou com drones.
“Condenamos nos termos mais veementes o terrível massacre ocorrido na zona de al-Mawasi, em Khan Younis, que representa uma perigosa escalada na série de crimes e massacres sem precedentes na história das guerras cometidas na Faixa de Gaza às mãos dos neonazistas”, declarou o Hamas.