As Forças de Defesa de Israel atacaram o Complexo Médico Nasser, principal hospital de Khan Younis, no sul de Gaza, nesta 5ª feira (15.fev.2024). Um paciente morreu e outros 6 ficaram feridos, segundo a Associated Press.
De acordo com o principal porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, as Forças israelenses operavam contra o Hamas e procuravam os responsáveis pelo ataque em 7 de outubro, que deixou cerca de 1.200 mortos e fez 240 reféns. O Exército confirmou ter detido suspeitos no Hospital Nasser.
As tropas procuravam restos mortais de pessoas feitas reféns pelo Hamas. Os militares disseram ter “informações confiáveis” de que o grupo extremista manteve reféns no hospital e que os restos mortais ainda podem estar lá dentro.
Milhares de palestinos deslocados foram abrigados no complexo médico na 4ª feira (15.fev.2024). Segundo autoridades de saúde, tanques e atiradores israelenses cercaram o Hospital Nasser durante cerca de uma semana. Outras pessoas teriam sido mortas dentro do complexo nos últimos dias.
O grupo de ajuda internacional Médicos Sem Fronteiras disse que a sua equipe teve que fugir do hospital na 5ª feira, deixando os pacientes para trás, de acordo com a Associated Press. A médica Lisa Macheiner afirmou que eles foram forçados a “uma situação impossível”.
“Fique no Hospital Nasser contra as ordens dos militares israelenses e torne-se um alvo potencial ou saia do complexo para um cenário apocalíptico onde bombardeios e ordens de evacuação fazem parte da vida diária”, declarou profissional de saúde do Médico Sem Fronteiras.
Nas últimas horas, aviões de guerra das FDI atacaram uma estrutura militar da organização Hezbollah no sul do Líbano. Hagari disse que a operação eliminou o comandante Ahmed Gol, do batalhão Shati do Hamas, que teria participado do 7 de outubro. Mais 10 civis, incluindo 5 crianças, e outros 2 combatentes foram mortos.