O Parlamento da Grécia aprovou na 5ª feira (15.fev.2024) um projeto de lei que permite o casamento civil e a adoção de filhos por pessoas do mesmo sexo. O texto foi aprovado por 176 votos a favor, 76 contra e 2 abstenções.
A aprovação, segundo o jornal The Guardian, faz da Grécia a 1ª nação cristã ortodoxa do mundo a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Conforme a publicação, a votação foi antecedida por 2 dias de debate acalorado dentro e fora do Parlamento. Os opositores, entre eles a Igreja Ortodoxa, classificaram a medida como “antissocial” e “anti-cristã”.
O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, defendeu o texto, mesmo que seu partido, o centro-direitista Nova Democracia, tenha sido contrário ao projeto. Em seu perfil no X (antigo Twitter), o premiê disse que a votação é “um marco para os direitos humanos” e reflete a “Grécia de hoje”: um país “progressista e democrático, apaixonadamente empenhado nos valores europeus”.
O apoio do partido de esquerda Syriza, o principal da oposição, foi fundamental para a aprovação do projeto. A legenda é liderada por Stefanos Kasselakis, o 1º líder de partido assumidamente gay da Grécia.
Apesar de ajudar na aprovação da medida, o Syriza disse que o texto é “imperfeito” por, entre outras coisas, proibir casais do mesmo sexo de conseguirem a paternidade por meio de barriga de aluguel.