O julgamento do principal suspeito pelo desaparecimento de Madeleine McCann foi adiado por uma semana após começar nesta 6ª feira (16.fev.2024). Uma das juízas do caso foi afastada por, supostamente, ter postado mensagens nas redes sociais pedindo o assassinato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O caso –julgado em Brunsvique, na Alemanha– é o do alemão Christian Brückner. Ele é acusado de abuso sexual contra mulheres e crianças em Portugal em casos não relacionados ao de Madeleine.
Segundo o tabloide britânico Daily Mail, a defesa do acusado afirmou que a juíza leiga Britta Thielen-Donckel era, na verdade, desqualificada para a função e pediu seu afastamento do caso.
No Judiciário da Alemanha, “juízes leigos” são cidadãos comuns, que ocupam os tribunais penais. Nos casos julgados em tribunais mistos, os cidadãos trabalham lado a lado com os juízes para tomar a decisão.
No início do julgamento, o advogado de defesa Sebastian Fuelscher leu algumas postagens das redes sociais de Donckel que incluíam declarações como “mate o idiota” e “mate o diabo“, se referindo a Bolsonaro. Ela também teria pedido a morte de um outro homem, por suposta tortura de animais.
Segundo Fuelscher, os comentários a tornavam inadequada para desempenhar o seu papel como juíza leiga. O tribunal foi suspenso após 9 minutos da abertura para considerar o pedido e Thielen-Donckel foi removida do painel.
O julgamento foi adiado até a próxima 6ª feira (23.fev) enquanto as autoridades um juiz substituto.
Madeleine McCann
O alemão Christian Brückner, de 44 anos, foi indiciado na Alemanha, a pedido da Justiça portuguesa, pelo desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann 3 de maio de 2007, na Praia da Luz, em Portugal.
À época, a polícia investigava se Brückner poderia ter levado a menina para sua terra natal, a Alemanha. Reforçando as suspeitas sobre o caso, Brückner viveu de forma intermitente em Algarve, de 1995 a 2007, em uma área muito próxima da praia da Luz, onde Madeleine foi sequestrada.