Auditores agropecuários ampliarão mobilização que afeta exportações

Auditores e técnicos agropecuários decidiram nesta 3ª feira (20.fev.2024) intensificar a mobilização em que pressionam o governo por uma reestruturação na carreira. A atitude tem afetado o fluxo de exportações e importações no Sul do Brasil.

Em Foz do Iguaçu (PR), na fronteira com o Paraguai, 1.935 caminhões esperam por liberação. É a maior fila de veículos formada até agora por causa do movimento. São cargas com rações, trigo, milho, arroz, carne suína, bovina e de frango, entre outros.

Na 4ª feira (21.fev), a categoria fará em todos os frigoríficos do país uma auditoria. A ação é chamada de PPHO (Procedimento Padrão de Higiene Operacional).

Algumas tarefas não estão incluídas na operação dos auditores. Na prática, não estão sendo impactadas com as restrições. Eis a lista:

  • certificados veterinários internacionais para viagem de animais de companhia;
  • diagnóstico de doenças e pragas de controle do Ministério da Agricultura; e
  • liberação de cargas vivas e perecíveis não estão incluídas na operação dos auditores agropecuários.

Segundo o Anffa Sindical (Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários), as duas categorias votaram para ampliar o movimento, que teve início em 22 de janeiro. A decisão se deu depois que rejeitaram proposta do Ministério da Gestão e Inovação feita em reunião na 5ª feira (15.fev).

O Poder360 apurou que o governo propôs, dentre outros pontos, reduzir o salário inicial dos auditores fiscais agropecuários de R$ 15.000 para R$ 12.000. O Anffa tem chamado a mobilização de “Operação Reestruturação”.

O diretor do sindicato Antonio Andrade criticou a proposta do governo federal. “Nós aguardávamos uma reestruturação da carreira equivalente ao que outras categorias estão pedindo. Infelizmente, não foi isso que veio”, disse ao Poder360.

Uma nova reunião com o Ministério da Gestão e Inovação está marcada para 29 de fevereiro.

CONVERSA COM FÁVARO

Os auditores e técnicos agropecuários também pedem uma audiência com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para tratar do assunto. O grupo tinha a expectativa de que o encontro pudesse se dar na 4ª feira (21.fev), mas não houve confirmação do ministério.

O Poder360 procurou os Ministérios da Gestão e Inovação e da Agropecuária para obter uma posição sobre as afirmações do Anffa, mas não houve retorno até o momento. O espaço segue aberto para manifestação.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.