Os mercados estarão atentos à ata da última reunião do FOMC (Federal Open Market Committee) do Fed (Federal Reserve) nesta 4ª feira (21.fev.2024). Ainda que o encontro tenha sido anterior à divulgação da inflação ao consumidor de janeiro, que veio acima do esperado, os investidores olharão de perto pistas sobre os próximos passos do Banco Central norte-americano, ansiosos pelo início no ciclo de cortes na taxa de juros.
Na reunião finalizada em 31 de janeiro, os membros do colegiado decidiram, de forma unânime, manter as Fed Funds na faixa entre 5,25% e 5,50%. A decisão ocorreu antes da divulgação do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) nos EUA, que subiu 0,3% em janeiro, mesma variação observada em dezembro de 2023, conforme dados divulgados em 13 de fevereiro pelo U.S Departament of Labor (Departamento do Trabalho dos EUA).
Thomas Monteiro, analista sênior do Investing.com, afirma que ainda que o encontro tenha ocorrido antes do IPC, que considerou como chocante, a expectativa é de que os membros do Fed tenham minimizado a necessidade de cortes nas taxas em breve.
“As condições macroeconômicas subjacentes mudaram drasticamente desde a reunião, com uma subida perigosa nos indicadores de inflação ao consumidor e ao produtor, juntamente com dados particularmente decepcionantes sobre a atividade do consumidor, como mostra o relatório de vendas no varejo”, disse.
O analista espera que o mercado leia os dados “com uma pitada de sal”. Se o Fed já minimizava a necessidade de cortes antes, provavelmente podem descartar totalmente agora, avalia.
A inflação nos EUA acima das expectativas desafia as esperanças de cortes nas taxas num futuro próximo, segundo o grupo Julius Baer.
“Após os dados da inflação nos EUA ligeiramente mais fortes do que o esperado da semana passada, os mercados diminuíram as suas expectativas de redução das taxas e estão agora a precificar um primeiro corte nas taxas do Fed em junho”, destaca Sophie Altermatt, economista do Julius Baer.
Com informações da Investing Brasil.