Carlos Bolsonaro integrou “núcleo político” de organização, diz PF

A PF (Polícia Federal) indica que o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) participou do “núcleo político” da organização criminosa supostamente formada por funcionários da Abin (Agência Brasileira de inteligência) que monitorou autoridades sem autorização judicial.

A informação consta na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que autorizou a investigação. O ministro menciona o fato, que veio do relatório sigiloso encaminhado pela PF. Eis a íntegra do documento (PDF – 302 kB).

“Os elementos de prova colhidos até o momento indicam, de maneira significativa, que a organização criminosa infiltrada na Abin também se valeu de métodos ilegais para a realização de ações clandestinas direcionadas contra pessoas ideologicamente qualificadas como opositoras, com objetivo de ‘obter ganho de ordem política posto que criavam narrativas para envolver autoridades públicas de extrato politico oposicionista da então situação’, bem como para ‘fiscalizar’ indevidamente o andamento de investigações em face de aliados políticos”, diz trecho.

A corporação cumpriu nesta 2ª feira (29.jan.2024) uma nova etapa da operação para apurar suposta espionagem ilegal feita pela Abin.

Segundo apurou o Poder360, policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio de Janeiro e na casa de praia da família em Angra dos Reis (RJ). O advogado de Carlos, Antonio Carlos Fonseca, acompanha as buscas da PF. A defesa ainda não se pronunciou sobre a operação.

Além do vereador, foram alvos de buscas as assessoras Luciana Paula Garcia, que trabalhou com Carlos, e Priscilla Pereira, que assessorou o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ). Ramagem era o diretor da Abin à época dos fatos investigados e foi nomeado por Jair Bolsonaro.

Segundo a corporação, Luciana teria encaminhado para Priscila um pedido de monitoramento da delegada da PF Isabela Muniz, responsável por 3 investigação envolvendo Bolsonaro e seus filhos.

Leia abaixo print de conversa entre Luciana e Priscila, que consta na decisão de Moraes: 

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