Os Estados Unidos emitiram nesta 6ª feira (23.fev.2024) mais de 500 sanções contra a Rússia por causa da morte de Alexei Navalny, principal político de oposição a Vladimir Putin, e da invasão russa à Ucrânia, que completa 2 anos no sábado (24.fev).
O comunicado da Casa Branca, que informa o número de sanções, foi publicado nesta 6ª feira (23.fev). Na 3ª feira (20.fev.2024), o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que faria o anúncio de um “grande pacote” de sanções contra a Rússia.
“Elas [as sanções] garantirão que Putin pague um preço ainda mais alto por sua agressão no exterior e repressão em casa”, declarou Biden.
As sanções terão como alvo indivíduos ligados à prisão de Navalny, bem como o setor financeiro, a base industrial de defesa, as redes de aquisição e os evasores de sanções à Rússia em vários continentes.
O presidente norte-americano também irá impor novas restrições à exportação de quase 100 entidades que teriam fornecido apoio secreto à Rússia.
No comunicado, Biden anunciou planos de reduzir ainda mais as receitas energéticas da Rússia e fez apelo para que a Câmara norte-americana aprove uma lei que prevê financiamento urgente à Ucrânia.
“O Congresso sabe que, ao apoiar esta lei, podemos reforçar a segurança na Europa, reforçar a nossa segurança interna e enfrentar Putin”, disse.
NAVALNY
A morte de Navalny foi informada na 6ª feira (16.fev) pelo serviço penitenciário do distrito russo de Yamalo-Nenets, localizado na Sibéria, onde ele cumpria pena. O ativista teria se sentido mal e “perdido a consciência quase imediatamente” depois de uma caminhada.
Um dia antes, na 5ª feira (15.fev), Navalny participou de uma audiência por vídeo. Na ocasião, fez piadas sobre sua situação financeira e sorriu.
Preso desde 2021, Navalny foi condenado a 19 anos de prisão em 4 de agosto por “atos extremistas”, que incluem a criação de uma ONG, convocação e financiamento de atos, realização de atividades contra o governo e “reabilitação da ideologia nazista”.