Agricultores pedem renúncia de Macron em feira agrícola em Paris

Um grupo de agricultores invadiu a feira agrícola de Paris, na França, neste sábado (24.fev.2024) e pediu a renúncia do presidente Emmanuel Macron. O ato foi feito para pressionar o governo em relação à insatisfação dos custos, da burocracia e das regulamentações ambientais.

Macron se encontrou com líderes sindicais pela manhã e deveria caminhar pela feira logo depois. “Esta é a nossa casa”, gritavam os manifestantes enquanto entravam em confronto com a polícia local horas antes do horário programado para a abertura do evento. Conforme a Reuters, 1 pessoa foi presa.

Por causa dos protestos, o início do evento foi atrasado em 1h.

“Estou dizendo isso para todos os agricultores: vocês não estão ajudando nenhum dos seus colegas destruindo barracas, vocês não estão ajudando nenhum dos seus colegas ao tornar o show impossível e, de certa forma, assustando as famílias para que não compareçam”, disse o Emmanuel Macron em conversa com jornalistas.

O chefe do Executivo francês disse ainda que reuniria representantes do sindicato dos agricultores no Palácio do Eliseu em até 3 semanas, depois de ter cancelado um debate que pretendia realizar com os trabalhadores na feira.

A feira agrícola de Paris é um evento político tradicional na França e, por isso, costuma ser visitado pelos presidentes do país. Realizado anualmente, atrai cerca de 600 mil visitantes durante os 9 dias de realização. Neste ano, o evento que foi inaugurado neste sábado (24.fev.2024) vai até domingo (3.mar.2024).

Assista aos vídeos da manifestação:

O evento neste ano é realizado em um momento de alta tensão entre os produtores agrícolas e alguns governos europeus. Agricultores de pelo menos 7 países da Europa fazem, desde o começo de janeiro, atos contra medidas impostas sobre o setor. Os protestos são motivados, em grande parte, pela insatisfação com decisões que dão prioridade a ações de combate à crise climática, aumentando os custos dos produtores. Os trabalhadores exigem apoio financeiro de seus governos.


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