A Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) informou nesta 4ª feira (31.jan.2024) que as receitas do setor de bens de capitais brasileiro encolheu 11% em 2023. O segmento arrecadou cerca de R$ 285,9 bilhões no ano passado, cerca de R$ 35,3 bilhões a menos do que no ano anterior. Leia a íntegra da apresentação do resultado anual (PDF – 3 MB).
A queda foi puxada pelo desempenho negativo do mercado interno. Desde o início de 2022 o setor fabricante de máquinas e equipamentos registrou encolhimento nas receitas de vendas. Em 2022 a queda foi de 6,9% e em 2023 de 15,4%. No ano passado, as receitas de operações realizadas dentro do país foi de R$ 215,3 bilhões.
Ao considerar o total de máquinas fabricadas no Brasil, mais as importações e excluindo as exportações, a queda nas receitas foi de 11,5% no comparativo com 2022. O chamado consumo aparente do setor arrecadou R$ 356,9 bilhões em 2023.
Apesar do desempenho ruim no mercado interno, as exportações de máquinas e equipamentos produzidas no Brasil aumentou no ano passado. Em 2023, houve crescimento médio de 14,6%, com resultado puxado pelos setores de máquinas para infraestrutura e indústria de base, máquinas para construção civil e máquinas para transformação de metais.
Cerca de 36,7% das exportações de máquinas brasileiras foram direcionadas para os países da América do Norte, sendo os Estados Unidos o principal destino com 28,6% do total de exportações.
Já as importações de 2023 superaram em 7,2% o montante registrado em 2022. As importações de equipamentos movimentaram US$ 26,7 bilhões no ano passado.
Em 2023, as fabricantes investiram aproximadamente R$ 11 bilhões. A maior parte desses recursos foi utilizado na modernização de maquinários (39,2%). Em seguida, estão a ampliação da capacidade industrial (30,8%) e reposição de máquinas.
A previsão do setor é de que os. investimentos sejam reduzidos em 2024. A projeção da Abimaq é de que os fabricantes executem cerca de R$ 10,5 bilhões, 4,5% abaixo do valor realizado em 2023.