O presidente executivo da startup DeepMind, Demis Hassabis, disse na 2ª feira (26.fev.2024) chegar até uma inteligência artificial que imite as capacidades e conhecimentos humanos será “um processo gradual”. A empresa norte-americana, focada em tecnologia e inteligência artificial, pertence ao Google desde 2014 e é responsável por criar as tecnologias que batem de frente com a rival OpenAI, criadora do ChatGPT.
“Nós não devemos esperar a AGI [Inteligência Artificial Geral, capaz de performar as mesmas tarefas de um cérebro humano] para provar que essa tecnologia pode ser útil e valiosa em nossas vidas […] Estamos apenas na superfície do que podemos ver nos próximos anos”, disse Hassabis em palco da conferência Mobile World Congress 2024, em Barcelona, na Espanha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A OpenAI pretende desenvolver e lançar uma AGI própria nos próximos 10 anos. Diante disso, a Google, antes líder do mercado de inteligência artificial, corre para tentar acompanhar e ultrapassar a concorrente.
Entre as tecnologias entregues no processo, está a Gemini, antes chamada de Bard. A ferramenta, de funcionamento semelhante ao ChatGPT, foi lançada em meio à insatisfação de parte dos executivos da Google diante dos testes internos incompletos.
“Quando o ChatGPT saiu, o público geral estava aberto a usá-lo, mesmo com suas falhas, como a alucinação. Milhões de pessoas encontraram valor nele. Isso foi surpreendente para toda a indústria, porque o público geral estava pronto”, declarou Hassabis.
Apesar dos esforços, na última 4ª feira (21.fev), a plataforma da Google precisou interromper a função de criação de imagens depois de usuários constatarem erros no funcionamento da ferramenta. Nas redes sociais, perfis compartilharam a produção de ilustrações de um soldado nazista negro diante do comando “criar ilustração de um soldado alemão em 1943”.