O sargento do CBMDF (Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal) Andrey Suanno Butkewitsch, de 40 anos, preso acusado de atirar na cabeça de uma mulher durante uma confusão, está atualmente lotado na Presidência da República, no GSI (Gabinete de Segurança Institucional).
No domingo (28.jan.2024), o militar teria atirado contra a maquiadora Jully da Gama Carvalho, de 30 anos. O caso se deu em um bar em Alto Paraíso, localizada na Chapada dos Veadeiros (GO). É investigado pela PCGO (Polícia Civil do Estado de Goiás).
Jully Carvalho passou por cirurgia de emergência depois de ser encaminhada ao HBDF (Hospital de Base do Distrito Federal). Em nota, o Iges (Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF) disse que “por normas em vigor, é impedido de informar a veículos de comunicação social o estado de saúde e os dados pessoais de pacientes sob cuidados em unidades administradas pelo órgão”.
Andrey Butkewitsch está lotado no GSI desde de 7 de maio de 2019, conforme informações disponíveis no Portal da Transparência. Nas redes sociais, o militar se identifica como sargento do CBMDF, farmacêutico esteta, químico industrial, ozonioterapeuta e professor de pós-graduação.
O CBMDF disse que “tomou conhecimento do suposto envolvimento de um militar desta corporação em um incidente” em Alto Paraíso. Afirmou que o caso está sob apuração e que, se “confirmar a autoria e materialidade, irá adotar as providências internas que o caso requer”.
O Poder360 entrou em contato com o Gabinete de Segurança Institucional para obter um posicionamento oficial sobre o caso. Entretanto, não obteve resposta até a publicação desta reportagem. Este jornal digital também tentou localizar a defesa do sargento, mas não conseguiu. O espaço segue aberto para ambos.
Leia abaixo a íntegra a nota do CBMDF:
“O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal informa que na cidade de Alto Paraíso-GO.
“Informamos que os fatos estão sendo apurados e, se confirmada autoria e materialidade, a corregedoria irá adotar as providências internas que o caso requer.
“Reiteramos ainda que o CBMDF não compactua com condutas delituosas de qualquer natureza e primamos pela conduta ilibada e exemplar da tropa, que são pautadas pelos regulamentos e pilares que norteiam a corporação.”
Leia abaixo a nota do Iges-DF:
“O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) esclarece que, por normas em vigor, é impedido de informar a veículos de comunicação social o estado de saúde e os dados pessoais de pacientes sob cuidados em unidades administradas pelo órgão, no caso o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e 13 unidades de pronto atendimento (UPAs).
“É uma posição sustentada em regras estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), exceto se houver anuência do próprio paciente ou de familiares até o quarto grau. Isso está previsto na Resolução nº 1.638/2002 do CFM, que considera tais dados de “caráter legal, sigiloso e científico” incluídos no prontuário médico.
“O sigilo também é protegido pelo Código de Ética Médica (Resolução CFM n.º 1.246/88), cujo artigo 102 fixa a seguinte vedação: “Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por justa causa, dever legal ou autorização expressa do paciente.”