SP registrou 1/5 dos acidentes aéreos do país desde 2013

O Estado de São Paulo registrou quase 1/5 dos acidentes aéreos do Brasil desde 2013, com 19,57% do total de casos (1.757). Nos últimos 11 anos, 344 aeronaves incluindo aviões de pequeno porte, helicópteros e jatos particulares caíram em território paulista.

São Paulo é seguido por Mato Grosso (186), Rio Grande do Sul (166), Minas Gerais (147) e Paraná (133). Os dados são do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão ligado à Força Aérea Brasileira.

O início de 2024 começou com as buscas em São Paulo por um helicóptero que havia deixado a capital paulista em 31 de dezembro de 2023 e seguia para Ilhabela, no litoral norte do Estado. A aeronave só foi encontrada em 12 de janeiro de 2024 em uma área de mata em Paraibuna (SP). Os 4 ocupantes morreram.

O acidente foi contabilizado nas estatísticas de 2023 –foram 155 acidentes e 29 mortes no ano passado.

JANEIRO DE 2024

O país teve ao menos 5 acidentes de repercussão nacional em janeiro de 2024, com 12 mortes. O mais recente foi o de um avião de pequeno porte que caiu e matou 7 pessoas em uma zona rural de Itapeva, em Minas Gerais, em 28 de janeiro. A aeronave saiu de Campinas (SP) com destino a Belo Horizonte (MG).

Além desse, o país registrou:

PRINCIPAIS CAUSAS

O painel do Cenipa mostra que, de 2013 a 2023, 372 desastres aéreos no Brasil ocorreram por falha do motor em voo. As outras principais causas são por perda de controle em voo (339) ou em solo (182) e excursão de pista (150), que é quando uma aeronave sai da superfície da pista durante um pouso ou uma decolagem.

O chefe do Cenipa, brigadeiro do ar Marcelo Moreno, afirma que o governo tem duas grandes responsabilidades diante dos números de acidentes aeronáuticos: a responsabilização dos casos e a prevenção de futuros acidentes. Segundo ele, todos os casos no país são sempre investigados e o objetivo principal é evitar novas ocorrências.

“Existem três fases na investigação: a coleta de dados, a análise de dados que é mais demorada, dependendo da complexidade do acidente e a emissão do relatório. Trabalhamos com tecnologia de ponta, sempre para entrar o melhor para o país”, disse em entrevista ao FabCast, podcast da Força Aérea Brasileira.

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